quinta-feira, 2 de maio de 2013

EU, PECADOR ME CONFESSO

Embora já me tenham apelidado de ateu e outros mimos parecidos, (sempre á distância como convém quando se quer colocar etiquetas sem dor), mas nada disso me tem afectado na minha linha de pensamento, livre tal como quando a Srª Maria José me trouxe á luz do dia, aliás a Liberdade é para mim o valor maior que um ser Humano pode ter, em especial quando já se viu inibido dela como eu, assim, na Religião na Politica, ou noutra coisa qualquer enquanto por cá andar serei sempre independente, e não abdicando das minhas ideias. Mas então se quero ser independente não posso ser Católico? Haverá alguma contradição nisso? não faço a mais pequena ideia, apenas e só quero usar a Liberdade que alguém se lembrou de me oferecer há quase quarenta anos.

Vem esta conversa a propósito do ser Católico sem ser Religioso, trocando por miúdos, não ir á Missa, não rezar e eventualmente criticar algum Padre ou equiparado, por esta ou aquela razão, se isso é não ser Católico, pois então com muita pena minha, mas não mereço ser reconhecido para efeitos estatísticos como mais um Católico, se pelo contrário o ser Católico é ser solidário, tratar todos sem excepção com respeito, respeitar não só a Igreja Católica mas todas, (não incluo aqui seitas) desde que estas persigam os caminhos da Paz e da Solidariedade, que respeitem reciprocamente quem delas discorde, reconheçam quando algum dos seus membros erra, e não façam do erro tabu, aliás honra seja feita a alguns Bispos que não embarcam na onda de não reconhecer erros graves cometidos por alguns Clérigos, e que têm sido noticiados nos Jornais.

Deixando por aqui esta introdução, para falar  daquilo que me levou a escrever sobre o assunto, primeiro, reconheço á Igreja Católica e há grande maioria dos seus Membros (Bispos, Padres, Acólitos, e Leigos e demais envolvidos nas tarefas de ajuda ao próximo) todo o trabalho que têm feito na solidariedade com os mais desfavorecidos. Feita esta (merecida) referência direi que a minha relação pessoal com os Dignitários da Igreja Católica foi quase sempre de altos e baixos, tive ao longo da minha vida alguns desencontros, fui Amigo  de alguns, tive desacordos com outros tantos, sofri na pele o sentido de vingança de Frades duma Instituição Católica que por pouco não acabava mal, enfim as relações podiam ter sido melhores, apesar de tudo continuo a ter toda a consideração pela Instituição Igreja Católica, e já agora vi com muita satisfação a eleição do novo Papa que me parece ser Pessoa com ideias arejadas.

De qualquer modo sinto-me Católico, primeiro porque fui Baptizado, e aí limparam-me os pecados que trazia desde o ventre da minha Mãe, depois porque os pecados que fui cometendo ao longo da minha vida já terão sido amnistiados nas diversas visitas Papais ao nosso Pais, e ainda para maior purificação, Casei pela Igreja há poucos anos, já com um Neto ao meu lado, e com a vantagem de ser com a Mulher que tinha casado quarenta anos antes pelo Registo, sinal evidente de fidelidade conjugal, como a Igreja gosta e recomenda, assim como estou convencido que no deve e haver estamos quites, só quero uma  coisa da Igreja Católica que não me julgue pelas aparências, não me mande rezar ou ajoelhar porque depois para me levantar vai ser um sarilho, e assim sendo prometo pecar o menos possível, e ainda redimir-me de algum que não tenha sido descontado nas amnistias que falei atrás.
 
Como escrevi anteriormente, é verdade que casei pela Igreja há poucos anos, dirão que após quarenta anos de casado pelo Civil levei muito tempo até me chegar o «chamamento Divino» tem razão quem assim pensa, como disse o meu relacionamento com alguns Dignitários da Igreja, e o que passei em determinado momento da minha vida numa Instituição Católica, levou-me ao afastamento, até que três coisas alteraram esse meu pensamento, em primeiro lugar a minha Mãe que era uma Católica fervorosa e embora não o dissesse explicitamente percebia a sua vontade que me casasse á Igreja, em segundo lugar o ter conhecido o Padre Francisco, pessoa de fino trato, e em terceiro lugar mas não menos importante fazer a vontade á minha Mulher, estava composto o ramalhete para dar o passo que faltava, o que veio a acontecer na Igreja Matriz de Vila Verde.

1 comentário:

  1. Mano,
    Já não me surpreendes, porque conheço-te bem, tanto nos teus pensamentos, ideais e convicções, assim como o modo como consegues através da escrita transmitir tudo o que sentes e que nos desejas contar.
    Gostei muito deste texto tão sincero! A meu ver, és tão católico, ou mais, do que muitos que são praticantes.
    Um beijinho da mana
    Isabel

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