sábado, 20 de outubro de 2012

DESPORTO E DOPING

Sou um grande consumidor de desporto via televisão, gosto da maioria dos desportos, do Atletismo ao Futebol, passando pelo Hóquei em Patins, corridas de velocidade com  carros ou motas, e nos primeiros lugares da minha preferência., o Ciclismo, por isso mesmo sempre que passo por Torres Vedras, faço uam visita á estátua do grande Agostinho como aconteceu agora.

Acompanho o ciclismo desde os tempos de Jacques Anquetil, Eddy Merckx, Polidor, Miguel Indurain e o «nosso» Agostinho, para mim o maior., começou a correr profissionalmente já com 25 anos de idade, e apesar disso foi um campeão, dentro e fora do País, admirado por todos independentemente do Clube de cada um, pois nesse tempo as grandes Equipas Portuguesas representavam elas próprias os Clubes, era um Sportinguista com a admiração de todos, não só pelas suas qualidades de Ciclista, mas acima de tudo pelo seu trato, foi uma  pena o seu desaparecimento prematuro, numa queda provocada por um cão que infelizmente continua a ser prática nossa, ter esses animais á solta por aí.

E  a propósito, as noticias que têm sido divulgadas nos últimos tempos vindas dos Estados Unidos, em que acusam Lance Armstrong de ter ganho as muitas corridas em que participou, graças ao Doping, sou um admirador deste Homem, não só porque ganhou corridas mas acima de tudo, porque venceu um cancro, e após essa vitória, (a mais difícil de todas) ainda ganhou várias voltas a França, custa-me engolir que tudo isto tenha sido obra das drogas, mas se assim foi, é mais um herói com pés de barro, e eu mais não posso fazer que me render aos factos, tenho pena, e era tempo de acabarem com todas as substancias ilícitas usadas pela Juventude desportista ávida de vitórias a qualquer preço.

sábado, 13 de outubro de 2012

VILA VERDE DOS FRANCOS

Chegou-me ás mãos um documento, do qual não sei a origem, com fotos de alguns dos antigos e actual Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde dos Francos, tenho pena que não esteja completa mas foi o que consegui, a altura é a ideal para a publicar, pois está na ordem do dia a extinção de Freguesias por todo o País, com a qual estou de acordo, acrescento desde que a minha se mantenha, penso que este será o pensamento de quase toda a Gente, e é humano que assim seja, só não devem estar a pensar com o coração aqueles que têm de decidir, a esses pede-se bom senso, e se a minha tiver de ser extinta ou agregada a alguma vizinha que seja, desde que não existe compadrio na decisão estou por tudo, desde que seja para melhorar.

Ontem fiz por lá uam caminhada com o meu Companheiro habitual, subimos ás ruinas do Castelo, donde se avista uma imensidão, dá para ver daí que a´Terra tem crescido em extensão,  ao contrário da sua População que tem decrescido, mas isso não é de admirar, tendo em conta o que tem acontecido por todo o País, da fuga das Aldeias para as Cidades onde até á pouco a vida estava mais facilidade para se arranjar trabalho, agora vai-se assistindo ao «trânsito em sentido inverso, o que com certeza se vai acentuar nos próximos tempos, é a vida, outros um pouco mais comedidos nos gastos, tiraram bilhete só de ida para a«Granja» e por lá ficaram esperando a companhia que nós mais tarde ou mais cedo lhes iremos fazer.
Quanto a este último ponto estou uma bocado apreensivo, ao verificar que conheci todos os Presidentes desde Eduardo Costa, que já se foi á séculos, o que faz de mim, quase uma múmia, já ando por cá há muito tempo, e não me tinha apercebido disso, espero que não se tenham esquecido de mim por cá, que isto está a ficar preto.









terça-feira, 9 de outubro de 2012

O ESTADO E OS SEUS FUNCIONÁRIOS

Todos sabemos da má fama dos Funcionários Públicos, são calões, incompetentes, corruptos etc, estes mimos são ouvidos constantemente sempre que o Cidadão pagante é mal atendido, num qualquer Serviço Publico, ou simplesmente quando se depara com um aglomerado de Funcionários, em amena cavaqueira, esquecendo que lhe pagam para trabalhar, isto é a realidade que se passa no nosso País, quem não vê é porque não quer, tudo isto se passa sem que se veja mudança na atitude, na Lei, ou na vontade dos responsáveis para mudar esta situação a todos os títulos incompativel com um Pais que se quer civilizado.

Esta conversa vem a propósito duma noticia que acabei de ler, e que resumo: A Câmara da Lourinhã suspendeu o contrato (admito que por uma boa razão) com a Empresa que fazia as limpezas das instalações da Autarquia, deste modo e enquanto decorria o processo de contratar nova Empresa para fazer essas limpezas, achou por bem a Autarquia pedir aos seus Funcionários que nos seus locais de trabalho procedessem a esse serviço, tendo para o efeito colocado á sua disposição os respectivos produtos de higiene e limpeza.
Aquilo que parecia ser uma coisa absolutamente normal e racional, fez logo instalar uma guerra com o respectivo Sindicato brandindo armas porque os trabalhadores estavam a perder a sua dignidade ao fazerem trabalhos de limpeza.

Ao ler esta noticia, recordei o meu passado de funcionário também numa Autarquia, quando assentei praça nesse trabalho, eu e os meus Camaradas procedíamos á limpeza das instalações onde trabalhávamos (coisa que ainda hoje acontece pelo que julgo saber) nunca ninguém se questionou se a sua dignidade estava em causa, mais tarde já como responsável do serviço, foi-me proposto pela minha Chefia que pelo menos no escritório fosse lá a empresa que fazia esse serviço noutras Secções, recusei, o que julgo acontece ainda hoje, serão os próprios Trabalhadores que lá trabalham a fazer esse serviço.
Que eu saiba ainda não lhe caíram os parentes ao chão, e não fizeram nenhuma birra por executarem esse honroso serviço.

Mas conto-vos mais uma para se ver até que ponto os nossos Funcionários não se importam com a sua imagem, borrifando-se para aquilo que o Povo (que lhes paga o ordenado) possa pensar a seu respeito.
Quando da formação da Equipa oficinal do Sector da manutenção e reparação dos equipamentos electromecânicos, recebi carta branca para ir a outros Sectores já existentes e tirasse de lá o Pessoal que achasse necessário para executar essa tarefa, entre estes veio um Motorista, um Mecânico e um Electricista, todos os outros já trabalhavam no Sector e foram reclassificados na função de Mecânicos Electricistas, anteriormente trabalhavam como Operadores de Estações Elevatórias.

Passadas poucas semanas vejo o Motorista acompanhado dum mecânico no complexo oficinal, dos Serviços, como me encontrava no escritório/oficina que ao tempo estava aí sediado, perguntei ao mecânico (o Motorista não dependia hierarquicamente de mim, mas do Encarregado de transportes) o que faziam ali os dois, respondeu-me que tinha vindo ao armazém levantar um parafuso para substituir o que se tinha partido na Central das Fontainhas, em Paço de Arcos, perguntei porque razão o Motorista não tinha feito esse serviço sozinho, que o mesmo lhe disse que não era fiel de armazém para vir buscar peças, recusando-se a vir só, buscar o dito parafuso.
É certo que infelizmente esta é a prática que pelo que se vê na Câmara da Lourinhã se mantém actual, mas mantêm-se actual porquê? então não andam os Sindicatos aparentemente preocupados com o possível desemprego na Função Publica? E é assim que se motivam os Trabalhadores? Só vêm dum olho? fico por aqui senão ainda me chamam fascista.

Nesse mesmo dia da recusa do Motorista em vir buscar um parafuso, assinou a sua sentença, logo que tomei conhecimento do acontecido, dirigi-me ao meu Chefe, simultaneamente chefe dos transportes, informando que aquele Senhor não trabalhava mais no Sector, e mais não queria nenhum Motorista para sua substituição, o Homem ficou em pânico, com as oficinas no seu inicio, e já a coisa a descambar, antes já tinha despachado para o seu local de trabalho anterior o Mecânico, (por motivo idêntico) agora era o Motorista, era o fim, acalmei-o, expus-lhe a solução que já estava na minha cabeça, e que simplesmente seria colocar todo o Pessoal do Sector, no qual tinha toda a confiança, (pois já comigo trabalhavam noutras funções anteriores á criação da oficina) a conduzir as viaturas distribuídas ao Sector.

Alguns já tinham carta de condução, aos que não a tinham propus que os Serviços custeassem a sua obtenção, o que foi aceite, (com forte oposição da parte do Sector dos transportes é certo), mas a medida foi em frente, e acabou ali á nascença uma prática que já vinha de longe, a coisa era de tal maneira que nem os carros que conduziam limpavam, (diziam que era tarefa da estação de serviço) ao contrário o carro que me estava distribuído, e as outras viaturas do Sector foram sempre limpas e lavadas por quem as conduzia, também aqui não caíram os parentes ao chão a ninguém, mais, o meu problema nunca foi ter trabalho a mais, o contrário é que me preocupava, foram feitas algumas tentativas nesse sentido que abortaram pela minha oposição.