terça-feira, 30 de julho de 2013

A MORTE DO ALCABRICHEL

Hoje sonhei que me andava a banhar no «meu» Rio Alcabrichel, rebate falso, como saberão todos os Vila-Verdenses, este nosso Rio morreu há muito, e já agora que falo no assunto, de que morreu? Pois bem, o que sei e o que julgo saber aqui vai: Era eu menino e moço, já lá vão uns bons anos como se pode ver pela amostra, ia com os meus amigos não só aprender a dar as primeiras braçadas no que á natação dizia respeito, ali no chamado poço grande, que se situa na propriedade dos meus Avós, mas dizia íamos dar uma braçadas mas, e mais importante, á pesca, de facto abundava em toda a extensão do Rio desde  a Azenha até aos limites da Freguesia já próximo da Aldeia Grande, Ruivacos em grande quantidade, e Enguias, estas em menor número, mas de certeza mais gostosas que aqueles.

E hoje? Há mato, em praticamente toda a extensão do Rio que atrás mencionei, não faço ideia se mais a jusante as coisas se passarão da mesma maneira, os terrenos que antes eram cultivados deixaram de o ser, era obrigatório os proprietários dos terrenos que fizessem extrema com este e todos os cursos de água limparem as margens, mas hoje se nem mão de obra há para cultivar, muito menos para limpar, então que há a fazer? Diria que o Estado tem uma palavra, não recebe os nossos impostos? então que sobre algum para esta e outras situações de emergência, há dias andei por lá a dar a minha volta e não consegui ver o fundo do Rio em nenhum dos locais onde ainda consegui chegar próximo, no caso do poço grande aí então só de balão de ar quente ou helicóptero.

Falo neste assunto não só porque gostava de voltar a ver o Rio despoluído, agora que há uma Estação de Tratamento de Esgotos (espero que não avarie caso contrário está o caldo entornado) e talvez, porque não voltar a ver Ruivacos por aqui? Há cerca de dois anos foram introduzidos uns centos deles para repovoar o Rio, mas já próximo da sua foz, ali na zona do Vimeiro, mas da maneira como o Estado tem tratado o que é seu, não sou sonhador ao pensar que vai resolver um problema que é dos outros, talvez, e aí com a proximidade que deve ter dos problemas Locais, a Autarquia se tivesse aquilo com que se compram os melões pudesse ajudar a resolver este problema, que se calhar é só meu, nem todos foram pescadores ou banhistas para recordarem com saudade este Rio limpo e com peixe abundante.

E já agora que estou com a mão na massa, e já que falei na limpeza do mato que tomou conta do Rio, não posso deixar de escrever sobre o que levou á extinção do peixe neste, foi a poluição como aconteceu por quase todo o Pais, as causas mais remotas foram, construção dos Lavadouros Públicos que despejavam para o Rio, embora nesses tempos ainda fossem os primórdios dos químicos, utilizava-se já a lixivia, em quantidades industriais, pois as roupas usadas durante seis ou sete dias por semana em trabalhos no campo, não havia sabão azul e branco que conseguisse pôr a coisa a brilhar, antes dos lavadouros, as Mulheres lavavam a roupa no Rio, mas a maioria ia lavar á Charneca, pelo que a  poluição não se fazia sentir.
 
Ao mesmo tempo, começaram os Moradores mais próximo deste a construir as primeiras casa de banho e canalizavam-nas para aí, antes a casa de banho era no quintal a céu aberto, pelo que a poluição não chegava ao Rio, e foram estas algumas das causas da morte do nosso Rio Alcabrichel, a que se juntaram mais tarde os químicos usados na agricultura.
Para terminar, direi que o Rio nasce junto á Serra de Montejunto, e segue o seguinte percurso: Passa por Maxial, Ermegeira, Ramalhal, Quinta de Paio Correia, A dos Cunhados, Sobreiro Curvo, Porto Rio e Maceira, indo desaguar no Atlântico, na praia de Porto Novo (Maceira), após percorrer cerca de 25 quilómetros.

terça-feira, 23 de julho de 2013

LISBOA A DUAS VELOCIDADES

Ontem fui mais uma vez até Lisboa, isto não tem nada de novo, pois vou habitualmente lá todas as semanas, mas há duas boas razões para estas visitas frequentes, a primeira é como observador do que se vai fazendo por lá, em especial naquelas zonas onde vou com mais frequência, a outra também importante é para caminhar, é certo que isso posso fazer em qualquer sitio, mas tudo o que é demais enjoa, e aqui por Porto Salvo pouco se aprende, isto não ata nem desata, com a agravante de estar sempre sujeito  a calçar um automóvel, pois passadeiras e passeios para Peões foi chão que deu uvas.

Assim nesta última visita tenho algumas coisas a dizer, a primeira, e por ter sido aí que passei em primeiro lugar, é sobre o Miradouro de Santa Catarina, toda esta zona está em obras há muitos Meses, acredito na boa vontade da Câmara para gastar aqui alguns milhões, não só no Miradouro mais em toda a envolvente, mas há uma coisa que me intriga, este Miradouro onde se encontra a Estátua do Adamastor tinha antes de ser tudo esventrado Calçada Portuguesa, e relva a circundar a Estátua, esta muito mal tratada como se pode ver numa foto anterior á chacina, agora depois de esventrarem tudo e mandarem a calçada ás urtigas eis que estão lá á espera grandes blocos de granito ou pedra mármore, (de pedras só conheço as de isqueiro) para adornar a envolvente, é  assim que o nosso dinheiro continua a ser esfrangalhado sem dó nem piedade, quando é que estes senhores são responsabilizados por estas aventuras milionárias?

 
Segui pelo Bairro Alto desci pela Rua das Taipas junto ao Jardim São Pedro de Alcântara e fui desaguar no portão do Jardim Botânico, e aqui curiosamente ou talvez não, mantem-se há anos o Edifício escorado com grandes perfis de ferro, para não desabar sobre quem por ali passa, já escrevi sobre esta vergonha há bastante tempo, e as coisas estão na mesma como a lesma, mais uma para a  conta dos esquecidos da Capital, está o «infeliz» do prédio num local um pouco afastado do «miolo da Cidade», estivesse ele ali para os lados do Rossio e outro galo cantaria, assim!

Entretanto uma boa noticia, ou talvez não, como mostrei á algumas semanas, junto ao Cais do Sodré um bonito Edifício a ser  abrigo de gente que o estava a desmantelar aos poucos, ainda a semana passada falei no assunto por lá ter visto Policia a identificar os «ocupas», pois bem agora foi cercado por uma vedação, que impedirá a continuação da sua total destruição, boa noticia, só com uma pequena observação, porque não o fizeram antes? Quando ainda se podia aproveitar alguma coisa? Só os sábios poderão responder a isto. Entretanto, após vários Meses entaipado, já podemos ver novamente D. José e o seu cavalo no Terreiro do Paço, com uma pequena diferença em relação ao passado, agora tem grades á sua volta não permitindo a aproximação ao Monumento, será com receio que roubem a Estátua?
 

domingo, 21 de julho de 2013

VILAS VERDE DOS FRANCOS

Um longo Texto sobre Vila Verde dos Francos, agora que se aproximam Eleições Autárquicas, convém não esquecer o que fomos, o que somos, e o que queremos ser, importante ser lido por: Eleitores e Candidatos á Junta de Freguesia, já que o Concelho fica a léguas de distância e também de  interesse, tanto pelo nosso passado, como provavelmente pelo nosso futuro. 
VILA VERDE DOS FRANCOS E AS ILUSTRES FAMÍLIAS

            DOS NORONHAS E ALBUQUERQUES

 

Vila Verde dos Francos está localizada num espectacular espaço natural de inebriante beleza campestre e pastoril, que justifica plenamente o facto de esta Vila ter sido apreciada e procurada para residência de nobres e fidalgos.
Por dificuldades da minha vida profissional, não me tem sido possível demorar-me nesta bonita região, mas não deixo de sonhar com esta localidade e com o seu enquadramento ambiental.
O foral de Vila Verde dos Francos foi confirmado por D. Afonso II, em 1255, que havia sido dado por um Senhor de nome Alardo ( in Vila Verde dos Francos, por Luciano Ribeiro). Teve castelo, cujas ruínas ainda se podem descortinar do lado esquerdo da estrada de chegada à Vila, para quem vem de Atalaia. Atingiu o apogeu de importância civil, política e económica no século XVI, talvez numa época em que os Noronhas foram os Senhores de Vila Verde dos Francos.

Em 1540, D. Pedro de Noronha, que foi o Sexto Senhor de Vila Verde dos Francos, casado com D. Violante de Noronha, fundou um Convento de Ordem Franciscana. Julga-se que seu filho, também de nome Pedro de Noronha, casou em segundas núpcias com Catarina de Ataíde, que se supõe ter sido da Família dos Ataídes, da linha genealógica dos Condes da Castanheira do Ribatejo. Julgamos também que esta senhora teria sido a amada Natércia, de Luís de Camões. Os dados parecem ligar-se, porque Caterina nasceu em 1524 e morreu em 1556 e o imortal poeta Luís de Camões terá também nascido por volta de 1523; daí parecer ser possível se terem conhecido e até se encontrarem na corte de D. João III, já que o 1º Conde da Castanheira, D. António de Ataíde, era valido e vedor da Fazenda de El-Rei D. João III. Diz-se que Luís de Camões utilizaria com a sua amada e como inspiração dos seus sonetos, o anagrama Natércia. Se trocarmos as letras de Catarina ou Caterina, formamos o nome Natércia. E sabe-se lá se estes amores não provocaram muitos ciúmes, inclusive no futuro marido de Catarina e as intrigas e as influências negativas não levaram ao desprezo e ao afastamento do poeta da área palaciana ? E sabe-se lá, também, se com as histórias que Catarina contasse a Luís de Camões, sobre o seu avô, que se julga ter sido D.Vasco da Gama, não teria acicatado, no poeta, pela força do seu amor por Natércia, o desejo empolgante de cantar épicamente a odisseia de Vasco da Gama com a sua viagem e chegada à Índia, e desta forma homenagear o avô de Natércia ou melhor de Catarina? Tudo isto pode ter sido possível ou imaginado, passando pelos nossos cérebros os ecos do fantástico e dos actos heróicos da História Lusíada.

Há alguns meses atrás, tive o prazer de conversar com o Sr. João Pereira Barata, de Vila Verde dos Francos, que com a sua aguda inteligência me falou do passado desta importante Vila de outrora. Também me soube dizer que Vasco da Gama vinha ao Palácio dos Noronhas namorar a Catarina. Devemos respeitar todas as nossas bases de conhecimento, porque este passa de gerações em gerações. Porém, eu atrevi-me a dizer-lhe que não era Vasco da Gama que vinha namorar Catarina, mas sim Luís de Camões, atendendo às datas de vida das personalidades.
Voltando atrás, do casamento de D. Pedro de Noronha com Catarina de Ataíde ( a Natércia), nasceu D. Francisco Luís Noronha de Albuquerque, que foi o Oitavo Senhor de Vila Verde, e veio a contestar a propriedade do Convento que seu avô tinha construído, e que estava nas mãos dos frades franciscanos. O processo teria durado dezenas de anos para se resolver, porque os frades não aceitavam sair.

Os Senhores de Vila Verde dos Francos, foram ao todo 18 e a partir do 13º, com D. Pedro António de Noronha Albuquerque e Sousa, a Casa dos Senhores passou a acumular a representação do título de Condes de Vila Verde e ainda, também, um outro título nobiliárquico: o de marqueses de Angeja. O último Senhor foi D. João de Noronha Camões de Albuquerque Sousa Mónia, que também foi 7º Conde de Vila Verde e 6º Marquês de Angeja. Nasceu em 1788 e faleceu em 1877. O título de Senhor de Vila Verde, foi extinto e hoje o representante nobiliárquico é o Conde de Peniche e Marquês de Angeja. Pela importância política que alcançou nessa época, Vila Verde dos Francos foi sede de Concelho, com município e comarca jurisdicional.
O Grande Vice-Rei da Índia, D. Afonso de Albuquerque, que nasceu em Alhandra, era filho do Terceiro Senhor de Vila Verde dos Francos, Gonçalo de Albuquerque. Este Senhor adoptou o apelido de Albuquerque, de sua mãe, pelo facto de ela ter sido assassinada por seu pai (marido dela) que era João Gonçalves Gomide, Segundo Senhor de Vila Verde dos Francos. Gonçalo de Albuquerque que casou com D. Leonor de Meneses, filha do 1º Conde de Athouguia, teve além do grande D. Afonso de Albuquerque, o maior chefe e governador do Oriente na época de D. Manuel, outro filho, o primogénito, Fernão de Albuquerque que veio a ser o Quarto Senhor de Vila Verde dos Francos. Como este não teve filho varão, o Senhorio de Vila Verde passou para a sua filha D. Guiomar de Albuquerque, que ao casar com D. Martinho de Noronha, este entrou no Senhorio de Vila Verde, como Quinto Senhor e começa a dinastia da Família dos Noronhas, família mui nobre e descendente de el-Rei D .Henrique de Castela.


D. Pedro de Noronha, Sexto Senhor de Vila Verde dos Francos, fundou, como já foi dito, o Convento da Visitação, situado num planalto, para norte, de onde se consegue avistar o mar de Peniche. Nesse Convento está sepultado este Senhor, existindo em frente do altar a campa com o Brazão dos Noronhas. Um outro Noronha, de grande importância e influência política, foi D. Pedro António de Noronha Albuquerque e Sousa, que foi o 13º Senhor de Vila Verde, 2º Conde de Vila Verde e 1º Marquês de Angeja. Este Senhor foi nomeado em 1693, com 32 anos de idade, Vice-Rei da Índia. Governou-a com tanta prudência e sabedoria que a retirou da decadência em que a Índia tinha mergulhado.
E depois de ter vindo da Índia, ainda foi nomeado, em 1710, governador das armas da província do Alentejo, tendo comandado um exército de 19.000 homens contra os espanhóis. No palácio dos Noronhas e Marqueses de Angeja, este 1º Marquês e Vice-Rei da Índia, construiu um salão, chamado o gabinete do Marquês. No tecto mandou colocar e pintar quadros representando cenas da conquista da Índia e à volta de cada quadro fez constar o nome do capitão herói de cada feito militar. Porém, não convém esquecer, o palácio foi mandado construir por Gonçalo de Albuquerque, pai de D. Afonso de Albuquerque e ele teria nascido, Gonçalo de Albuquerque, por volta dos anos 1430. Portanto o palácio, actualmente em ruínas, é do século XV. Por isso, e passados que são cinco séculos ou talvez mais de 500 anos, será para pensar que o Palácio deveria ter sido uma construção muito sólida, beneficiando de reparações e melhoramentos, ao longo dos tempos, para resistir às fortes chuvas e ventos do inverno, nesta região, e chegar até nós e hoje, pelas suas ruínas, as memórias do Passado.


 
Na rectaguarda do Palácio, junto à parede da propriedade, mas fora dela, portanto numa via pública da Vila, localiza-se uma interessante Fonte Gótica, de considerável valor histórico. As pedras que formam a pequena arcada em ogiva, dessa fonte, parecem ter sido talhadas quase em forma de L para se ajustarem como colchetes a fim de se não desligarem e a construção durar muitos séculos. As entidades autárquicas de freguesia e a população poderão, com desvelo, conceder-lhe um merecido arranjo na limpeza das ervas e das próprias pedras. Este estilo gótico, que esta fonte retrata, nasceu em França no século XII, espalhando-se por toda a Europa e países escandinavos. Em Portugal, são dignos de relevo, neste estilo, a Igreja do Mosteiro de Alcobaça, a Batalha, a Sé da Guarda e a Igreja de S. Francisco, em Santarém, além ainda de muitos outros monumentos.

 

   Fonte: Alenquer e o Seu Concelho, de,

                   Guilherme João Carlos Henriques - 1873.                                  C. Nogueira.

 

 

terça-feira, 16 de julho de 2013

PEDRO TADEU NO D.N. DE HOJE


Assino por baixo, e assim sendo, aqui vai um texto do Pedro Tadeu, transcrito do Diário de Noticias de hoje.

O que é um acordo de salvação nacional? O que significa salvar o País? O que se quer salvar? Quem se quer salvar?

Os políticos do PSD, PS e CDS que negoceiam umas frases para um papel onde ficará timbrado o percurso para essa dita salvação nacional são os dirigentes dos partidos responsáveis pelo percurso político de Portugal nos últimos 30 anos. São estes os partidos que levaram o Estado, oito vezes secular, à ruína, à perda de independência económica e ao abandono de uma parte da sua soberania política.
Os líderes do PSD, PS e CDS, que discutem agora como erguer os três pilares que suportarão o edifício da suposta salvação nacional, são dirigentes dos mesmos partidos que a golpes de incompetência, ganância, corrupção e inconsciência arruinaram a administração central, empurraram milhares e milhares de pessoas para o abismo da miséria e criaram no seu estômago a fome voraz, monstruosa, que só foi saciada com o alimento do crime económico e financeiro, como denunciam os nomes PPP, BPN ou swaps.

Estes são partidos onde medrou gente que na política, nas empresas e no mundo financeiro utilizou abusivamente dinheiros europeus, banalizou faturas falsas, cultivou fugas aos impostos, a "contabilidade criativa", promoveu a construção desenfreada, os atentados ecológicos e urbanísticos, a dependência excessiva do crédito e mais e mais e mais...
Os negociadores do PSD, PS e CDS são dirigentes de partidos que precisam de ser salvos, perdidos na imoralidade carreirista, na servidão aos interesses externos, na dependência eleitoralista, na ambição pequenina, na mediocridade dos seus quadros, no caciquismo dos seus autarcas

sábado, 13 de julho de 2013

POR TERRAS DE VILA VERDE

Hoje fiz greve de caminhada pela manhã, como já escrevi algures, fiquei feito num oito de andar ontem a pulverizar o telhado da casa com cal, isto realmente já não é o que era, mas mesmo assim considero que foi uma vitória, não estraguei nada nem caí do escadote ou do telhado, coisa rara, normalmente quando me aventuro nestas coisas faço m... por isso considero que estou de parabéns.
De qualquer modo estar um dia sem andar só mesmo se estiver muito mal, o que felizmente não é o caso, e assim,não foi de manhã foi á tarde, agora que o meu companheiro de caminhadas me abandonou á minha sorte, lá fui só até á Várzea, matar saudades do «bom» tempo que lá passei.

Como se pode ver pelas imagens, e para os mais modernos, ou mesmo para os mais antigos que não conheçam o passado destas encostas, não diriam que tudo aquilo era cultivado, muito cesto de uvas acartei dum lado e outro do caminho, do lado da estrada Nacional 115, que hoje está de eucaliptos, era uma grande vinha que o meu Tio Júlio plantou, mas antes disso tirou toda a pedra (sozinho) da qual fez duas muralhas da largura da propriedade, eram tempos muito difíceis, e afinal para quê? Se já nem os terrenos planos são cultivados?

Na outra  encosta, andava um dia a semear trigo com esse meu Tio e quando larguei a enxada para o almoço, (que era ás dez da manhã), não conseguia abrir a mão direita, precisamente aquela que não mexia ao manobrar a enxada, fiquei aflito e dirigi-me ao meu Tio dizendo-lhe que estava paralítico da mão, pois não a conseguia abrir, ele com toda a calma manda-me aquecer a mão na fogueira onde estava a assar o peixe para o nosso almoço, e a mão ficou curada num instante, de facto o frio era tanto que a mão que segurava o cabo da enxada, congelou, eu que devia ter para aí doze ou treze anos nunca me tinha visto numa alhada daquelas e foi um susto dos grandes.
Foi também aqui que me iniciei nas artes da pesca, e aprendi a dar umas braçadas, mas isso fica para outra ocasião que esta Internet móvel  é uma treta.

domingo, 7 de julho de 2013

CASA, DESCASA


Afinal o divórcio, deu em casamento, não com outro cônjuge mas ainda com aquele de quem  se tinha divorciado, aliás com estrondo, de facto não foi daquelas separações silenciosas, para não dar nas vistas, das quais nem os vizinhos se apercebem, esta foi bater com a porta com quanta força tinham os nubentes, que até se ouviu o estrondo por essa Europa fora, que ameaçou logo que não ia haver mais festins com os carcanhóis deles, aliás, até nos mandaram a conta da boda de há dois anos, e não foi pequena, só nos juros da divida fala-se que nesta semana de separação e arrufo, se evaporaram mais de dois mil milhões de Euros, é obra para uma simples brincadeirinha!

Mas agora que a reconciliação parece ir de vento em popa, (Ó Dr. Portas, não disse que o divórcio era definitivo?) Bem, mas qualquer pessoa se pode enganar, quantos, com casamentos firmes que parece que nem um ciclone os vai separar, basta uma pequena aragem para ir pelos ares! Pelo menos aqui não havia Filhos para sofrerem a separação, o que é sempre muito complicado para os rebentos, em especial se são ainda pequenos, não foi o caso e portanto não há ninguém traumatizado com o que se passou, a não ser as carteiras dos Portugueses que ficaram bastante mais leves, e o «padrinho» que ficou afónico de tanto gritar com os arrufados, e até hoje não deu mais um pio., esperam-se melhoras rápidas para que possa abençoar os pombinhos nesta segunda tentativa de vida em comum.
 
De facto, neste momento só falta a bênção do «padre» (o mesmo que os casou há dois anos) para que a reconciliação se torne oficial e possam de novo juntar os trapinhos! Como convidado que fui para a nova boda que se vai realizar muito em breve, posso dizer que tenho esperança que o casamento dê frutos, já sabemos que destes dois não vamos ver filhos, que é o normal em qualquer casamento digno desse nome, espera-se que esses frutos sejam mais económicos e sociais, pois não é Portas desde há muito um defensor dos mais desprotegidos? E não é ele que agora fica responsável pelas pastas económicas e as negociações com a Troika? Então estamos safos, daqui para frente não vai haver mais cortes nas Pensões, nos Vencimentos e outros constrangimentos que são o resultado de dois anos de Gaspar e Passos.
 

quarta-feira, 3 de julho de 2013

"O MEDO"

É natural que quando se sofre os atentados como  aqueles que aconteceram nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001, os Governantes tomem medidas de prevenção para que coisas destas não se repitam, dito isto, não se pode entrar numa verdadeira esquizofrenia, e colocar espiões em cada esquina, muito menos quando se vão espiar Países soberanos, (onde nada indica que albergue grupos terroristas) como denunciou um antigo espião Americano há pouco tempo, considero até um escândalo que os Países alvos não se manifestem com veemência, e mais a União Europeia cuja Sede em solo Americano era, ou é um dos alvos espiados, bem como a própria sede em Bruxelas, é certo que os responsáveis Europeus vieram a público num aparente desabafo, criticar essa maneira pouco simpática dos nossos «amigos» nos tratarem, mas foi sol de pouca dura, já enfiaram o rabo entre as pernas e enroscaram-se nas pernas do dono.

Fui um entusiasta nas duas Eleições que levaram Obama á Casa Branca, tinha grande simpatia pelo Homem, que terminou ontem quando o ouvi em declaração sobre o assunto dizer que "outros Países também espiam" que merda de conversa é esta? se um ladrão me rouba eu vou de seguida fazer o mesmo? Um roubo justifica o outro? Ó Sr. Obama, está a falhar, nada justifica que para sua segurança o Sr. mande espirar a minha Internet, os meus Blogs, telefones e sei lá mais o quê, a minha Liberdade custou muito a ser conquistada, só agora há pouco me livrei da P.I.D.E. Legião e companhia Lda., e já temos de voltar a falar em código? mas em que raio de Democracia vivemos? O espião abriu o livro e explicou como o Facebook, Google etc. são visto á lupa aí no País do Tio Sam, o medo de atentados não pode justificar tudo, vigie os seus Concidadãos se deles desconfia, mas cá o rapaz já levou a sua conta de espianços e não quero mais.

E Portugal como fica no filme? Muito mal, hoje mesmo o tal Espião Edward Snowden de seu nome que mostrou ao Mundo a maneira como o Big Brother dos Estados Unidos  funciona, e que se encontra algures em Moscovo á espera de Asilo Político foi denunciado como estando a bordo do Avião do Presidente da Bolívia, Evo Morales, e que fez Portugal? (com outros comparsas) Proibiu o avião de passar no espaço aéreo de Portugal, e afinal não havia nenhum espião dentro do avião, apenas o Presidente dum Pais com quem temos boas relações, e que teve de passar algumas horas na Áustria por causa destes brincalhões, chama-se a isto a voz do dono, qualquer sopro vindo dos Estados Unidos são sinal de arrear calças para estes Europeus de merda, sem dignidade nem coluna vertebral, se os Americanos querem apanhar o Espião que apanhem, agora nós que fomos espiados por este Pais, e só o ficámos a saber graças ao espião, ainda vamos ajudar na sua captura? Mesmo prejudicando as nossas relações com outros Países como aconteceu hoje? Bardamerda para estes lambe botas, é o que me apetece dizer, e digo, está dito.