domingo, 30 de dezembro de 2012

AO ABANDONO




Tenho observado o completo abandono a que está votado o chafariz  na rotunda do Centro Comercial Oeiras Parque, conhecido por aqui como «a fonte do Isaltino» em referência a quem mandou construir a obra, que, diga-se uma bonita obra, começou por ter uns repuxos que atingiam uma altura assinalável, mas como não foi previsto que houvesse vento por aquelas bandas, e ele apareceu, lá ficava a rotunda toda encharcada e a ocasionar acidentes, resultado, desligam-se as bombas e acaba-se o repuxo.

Ficam entretanto outros, digamos repuxinhos, que davam vida á fonte ou chafariz, o lago era limpo periodicamente, e as coisas apesar de estar cocho pela falta dos repuxos inicias, mas lá ia abrilhantando a rotunda, agora está para ali ao abandono, repuxos já não há, lixo e erva a aumentar cada dia que passa, os outros lagos mais pequenos á entrada do Parque dos Poetas também cheios de lixo, e sem os repuxos que por lá plantaram ás dezenas, no próprio Parque dos Poetas, onde fizeram uns pequenos lagos, faz tempo que estão secos, uma tristeza.

Mas hoje reparei que na ampliação que está em curso do dito Parque dos Poetas, e na futura entrada no Espargal, lá estão lá plantados diversos lagos, e estes com água, vá lá um gajo perceber o que se passa na cabeça dos que mandam ou são mandados por aqui, nestas obras construídas no tempo das vacas gordas e que agora que estas emagreceram não há carcanhois para as manter com a dignidade que merecem, enfim, vamos ver como isto acaba.

 

domingo, 16 de dezembro de 2012

CAMINHADA EM PAREDES E ALENQUER






Hoje repeti a caminhada da semana passada, fui a Vila Verde, mas a caminhada foi por Paredes e Alenquer, percorri caminhos e estradas que há cinquenta anos não pisava, especialmente nas Paredes onde exerci a profissão de padeiro, já lá tenho passado mas de carro, hoje enchi-me de brio e foi apeado que andei por lá, visitei a antiga padaria onde trabalhei e habitei, hoje parece-me que em completo abandono, é estranho o patrão Inácio «Bicha» tinha três Filhos machos e nenhum deles seguir a profissão.

Caminhei, passando junto ao Quartel dos Bombeiros com destino á Vila Alta, aqui vi e fotografei a antiga prisão, e recordei as visitas que lá fiz, e os almoços que lá comi na companhia do Amigo Graciano que lá amargava e pagava as favas por ele e por outros, logo a seguir a Igreja que não recordo o nome e que fica em frente da casa onde viveu o ilustre Alenquerense Teófilo Carvalho dos Santos que exerceu o cargo de Presidente da Assembleia da Republica, e me terá livrado de cair nas garras da P.I.D,E em determinada altura da minha Juventude.

Mais uns passos e estou no largo fronteiro ao edifício da Câmara Municipal, local privilegiado de onde se avista grande parte da Vila, depois é a descida pela calçada que me trás até ao rio, passando junto á casa onde pela primeira vez tive um trabalho remunerado, saí da Escola em Junho ou Julho de 1958, e na semana seguinte para aqui vim trabalhar e habitar, vendia leite de porta em porta, com uma bilha do dito ás costas e as medidas penduradas ao pescoço, tinha 11 anos, nesse tempo o trabalho Infantil não era crime, senão ainda ia accionar uma indemnização ao antigo patrão, embora este já esteja a fazer tijolo há muito, pagavam os herdeiros.

Chegado junto ao rio, fui andando em direcção ao Mercado Municipal, com destino ás Paredes, pois tinha deixado o cavalo ali preso, e precisava dele para fazer o resto do percurso até Vila Verde que ainda fica a cerca de vinte quilómetros, ainda parei á saída de Alenquer junto ao antigo Celeiro e moagem onde ia carregar a farinha quando era padeiro numa carroça puxada por dois burros, e daqui segui para a Terra. Aqui chegado foi colocar a casa a arejar que a  chuva tem sido abundante, e na Sexta Feira caiu durante todo o dia, colocar o desumidificador no local em pior estado, dar uma limpeza, na casa, comer uma bucha e regresso a Vila Fria.
 
 

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

MADRUGADA EM LISBOA









Hoje foi a caminhada semanal em Lisboa, o horário de partida de Paço de Arcos é o habitual, o que acontece é que o Sol no Inverno nasce mais tarde, pelo que os primeiros passos que dou na Capital é ainda noite escura, e hoje mais uma vez isso aconteceu.

Saí do comboio em Santos, e daqui fui caminhando até ao Miradouro de Santa Catarina, ou do Adamastor como é mais conhecido, estava á espera de, deste local assistir ao nascer do Sol, mas como este não queria aparecer, fiz mais umas centenas de metros, ao atravessar todo o Bairro Alto, atravessei para o Jardim de São Pedro de Alcântara, junto ao Elevador da Gloria e foi aqui finalmente que assisti ao renascer do Astro Rei.

Depois foi mais uma caminhada até ao Principe Real, descer até á Av. da Liberdade, «atestar o carro» no café do costume na Praça da Figueira, a descida até ao Terreiro do Paço, aqui observei que D. José e o seu cavalo continuam entaipados, vamos ver o que vai sair dali, fotografei um  corvo marinho que pousou numa das colunas do cais do mesmo nome, mais uma garrafa vazia da noitada, mas esta com a curiosidade de ser do meu Concelho, e regresso ao Cais do Sodré, após 7.300 metros palmilhados.