domingo, 4 de agosto de 2013

FOI TIRO E QUEDA

Ontem dei conta no Facebook dum pequeno acidente de que fui protagonista, alguns dos Leitores mais assíduos devem ter notado que não me referi ao local nem como a coisa aconteceu, ao contrário do que é norma por aqui, pois não gosto de ficar pelas meias tintas, mas ao omitir o acontecimento tinha duas boas razões: não alarmar a minha Patroa que estava longe, e o Facebook chega lá com mais facilidade que os blogs, e por outro lado poupar o meu Amigo Vicente de levar um responso da Esposa, pois não tinha dúvida que ela como leitora assídua desse meio de comunicação ia-lhe azucrinar o juízo, assim, tenho esperança que a Luzia se por acaso ler o que se segue, o poupe porque ele é um Rapaz ajuizado e não vai em aventuras como eu, aliás nomeio-o desde já meu tutor para mas próximas caminhadas zelar pelo meu bem estar, e autorizo-o a usar o chicote se verificar que eu mijo fora do penico, quero dizer, se ando para ali armado em para-quedista sem para-quedas.

Então vamos aos factos, ontem saímos os dois ainda o Sol não tinha dado os bons dias, seguimos de carro até aos Casais da Fonte Pipa, e  daí a pé com destino á descoberta dos Algares para os lados do Carrascal, donde antigamente jorrava água com fartura e de qualidade, para abastecer as Povoações próximas incluindo Vila Verde, passámos primeiro pela Padaria do Manel do Cangarino, conversámos um pouco com ele e Esposa para ver se nos davam uma dica do melhor percurso a seguir, disseram-nos logo que o mato era de tal altura que dificilmente lá chegaríamos, mas apesar do aviso, e de nenhum de nós conhecer o local exato da nascente, (o Vicente tinha lá ido uma única vez á cerca de sessenta anos, e eu nunca) lá nos metemos a caminho Serra acima, andávamos um bocado por um trilho, mas chegávamos a determinado local  aquilo não tinha saída pelo que tínhamos de retroceder.

Num determinado local aconteceu isso mesmo, e cá o rapaz que não gosta de andar para trás, pois acha que isso é mais para os caranguejos, decide atalhar caminho, apesar dos avisos  do Vicente, aquilo tinha um declive bem acentuado, e cheguei a um local que era mesmo como uma parede na vertical, olhei para um lado e outro, e avistei uma pedra saliente, a fazer de degrau, chamei o Vicente e disse-lhe que ali era canja, e ainda não tinha terminado a frase já eu ia a caminho do abismo, não sei se falhei a pontaria e não coloquei o pé na pedra, se a fita métrica está avariada e a distância era maior do que ela marcava, o que sei de certeza, foi a aterragem que fiz lá em baixo,. estatelei-me ao comprido!
 
Fiquei com mazelas por todo o corpo, mas o braço direito ao nível do cotovelo é que foi pior, isto não dá nem para fazer a barba ou lavar os dentes, devo ter lixado algum tendão, e foi complicado trazer o carro até Porto Salvo, meter as mudanças ou o travão de mão tem que ser com a esquerda, que não tem jeito para nada, ainda não percebi a razão das duas mãos, se só uma serve para alguma coisa, mas com cuidado e sem trânsito  que me obrigasse a mudar de velocidades a cada momento, não foi complicado chegar aqui, mais complicado foi quando disse á minha Maria que vinha com "dor de cotovelo", aí começou logo a disparar, que não tens juízo, caíste do telhado abaixo, enfim um rol sem fim de admoestações, tive que a deixar despejar o saco antes de lhe dizer que não tinha sido a trabalhar mas na pândega que a coisa aconteceu, já acalmou.
 
Entretanto da nascente nem sombras, apesar da aterragem que fiz, não desisti e lá continuámos na "caça ao tesouro", mas nada, embora o Vicente dissesse que era num determinado local, a verdade é que não vimos água nem por um canudo, havia no meio da mata pelo menos duas habitações semi-escondidas, e com cães, e eu não sou muito afoito no que diz respeito a canídeos, e também porque não dizê-lo, estava um bocado receoso, não tivesse partido o braço, porque a coisa doía um bocado, assim vai ficar para  a próxima uma nova investida, pois falei com o filho do Manel Padeiro e parece que ele conhece o local bem melhor que o Pai, e prometeu indicar o caminho para lá chegar, se o vires por aí Vicente fala com ele e põe o G.P.S. a funcionar pois o Rapaz até disse que a  água continua a jorrar por lá, portanto quem fala assim é porque sabe da poda.
Ontem ainda fui até ao moinho do Ilídio do Casaca, que estava a funcionar, desgraçadamente os vídeos que fiz no local ficaram sem som, de qualquer modo aqui fica um, embora mudo, mas quem dá o que tem, a mais não é obrigado!
 
 
 
 

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