domingo, 11 de agosto de 2013

A ÁGUA QUE BEBEMOS, E A QUE ESTRAGAMOS

Com um Inverno daqueles á antiga que tivemos, já sinto a falta de chuva, esta canícula que está a acontecer dá-me cabo dos neurónios, o raciocino vai-se embora, os miolos começam a aquecer, e pronto acabou, nada me sai que se aproveite, depois como ando por aí nas minhas caminhadas vendo asneiras, umas atrás das outras, ainda piora mais as coisas, depois ainda este braço que nunca mais se endireita, não dá nem para tirar macacos do nariz, nem tão pouco para coçar isto ou aquilo, isto é que vai uma crise, mas não era nada disto que queria dizer, mas as coisas saem-me todas baralhadas e sem sentido, mas vou fazer uma pausa, colocar a cachola debaixo do chuveiro para ver se ganho novo alento, e depois volto á carga.

Cá estrou novamente, e muito melhor, já consegui apanhar o fio da meada que tinha deixado escapar, queria, aliás quero, falar sobre a água, a da chuva mas principalmente aquela que bebemos, e muitos desperdiçam, como se não custasse tempo e dinheiro o  precioso liquido, talvez ainda estejam a pensar que a água que consumimos vem dali da Zona do Casal de Cambra e Caneças, como ainda se pode ver por lá o célebre Aqueduto das Águas Livres  pensarão que há por ali água com fartura, mas, ou estão enganados ou o pior estão-se marimbando para aquela que deitam para o esgoto, não são eles que  pagam, e o Povo é sereno, não repara nestas ninharias, mas vamos aos factos!

Ontem andei ali pelo Parque dos Poetas, e era um rio de água a correr pelos caminhos que vão dar ao Parque, até nem era para falar no assunto, para não dizerem que só vejo o que está mal, mas hoje vi a mesma coisa no Jardim de Oeiras, ali nas traseiras do Pavilhão da A.D.O. aquilo era digno de ser visto, a erva ali viçosa e duma altura que dá para se esconder dentro dela um cão de rabo alçado, e não ser visto, aliás, estou a pensar seriamente em ir na próxima Quinta Feira á Feira da Malveira comprar um ou dois borregos e colocá-los ali a pastar, em pouco tempo tenho carneiros vistosos para vender ali no talho, e isto acontece porquê? Bem, a rega é suposto ser automática, liga e desliga ás horas programadas, e pronto, ou seja empreiteiro, ou o próprio pessoal do Município, programa a coisa e! Está o serviço feito, então pergunto eu, não há ninguém escalado para ir verificando se as coisas estão a funcionar corretamente? Se os aspersores estão bem regulados, e a mandar a água para o local previsto? Que responda quem souber.

Mas já que estou com  a mão na água, direi que o grosso desse bem escasso que abastece os Concelhos a Sul do Castelo do Bode, vem dessa barragem, qualquer coisa como 90%, a restante tem origem em diversos poços no Ribatejo, das nascentes do Alviela,  e também do Rio Tejo, a que sai da Barragem, é daí bombada para a Central de Tratamento da Asseiceira, e daqui transportada até á Central Elevatória de Vila Franca de Xira, e daqui, (e no que respeita aqui a Oeiras) pelo Adutor da Circunvalação até aos Reservatórios da E.P.A. L. de Vila Fria, e destes para os diversos Reservatórios dos S.M.A.S de Oeiras, que depois a distribui pelos Consumidores finais, e entre estes a Câmara que pelo que tenho visto trata muito mal este precioso liquido.
No caso da água com origem no Ribatejo, esta é encaminhada para a Estação de Tratamento do Vale da Pedra, próximo do Cartaxo, e daqui encaminhada para os diversos destinos para ser aí distribuída.
Como é fácil de constatar, a água para chegar a nossas casas (e ás regas de Jardins Públicos ou Privados), tem um custo nada desprezível, e só espero que com a ânsia de privatizações que anda por aí, este bem não seja cobiçado, por Chineses ou outros endinheirados, para que  não nos comecem a vender gato por lebre.
 

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