De qualquer modo estar um dia sem andar só mesmo se estiver muito mal, o que felizmente não é o caso, e assim,não foi de manhã foi á tarde, agora que o meu companheiro de caminhadas me abandonou á minha sorte, lá fui só até á Várzea, matar saudades do «bom» tempo que lá passei.
Como se pode ver pelas imagens, e para os mais modernos, ou mesmo para os mais antigos que não conheçam o passado destas encostas, não diriam que tudo aquilo era cultivado, muito cesto de uvas acartei dum lado e outro do caminho, do lado da estrada Nacional 115, que hoje está de eucaliptos, era uma grande vinha que o meu Tio Júlio plantou, mas antes disso tirou toda a pedra (sozinho) da qual fez duas muralhas da largura da propriedade, eram tempos muito difíceis, e afinal para quê? Se já nem os terrenos planos são cultivados?
Na outra encosta, andava um dia a semear trigo com esse meu Tio e quando larguei a enxada para o almoço, (que era ás dez da manhã), não conseguia abrir a mão direita, precisamente aquela que não mexia ao manobrar a enxada, fiquei aflito e dirigi-me ao meu Tio dizendo-lhe que estava paralítico da mão, pois não a conseguia abrir, ele com toda a calma manda-me aquecer a mão na fogueira onde estava a assar o peixe para o nosso almoço, e a mão ficou curada num instante, de facto o frio era tanto que a mão que segurava o cabo da enxada, congelou, eu que devia ter para aí doze ou treze anos nunca me tinha visto numa alhada daquelas e foi um susto dos grandes.
Foi também aqui que me iniciei nas artes da pesca, e aprendi a dar umas braçadas, mas isso fica para outra ocasião que esta Internet móvel é uma treta.
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