Gaivotas em Terra

Ontem fui fazer a caminhada semanal a Lisboa, saí em Alcântara, andei umas centenas de metros pela Av. de Ceuta, e depois embrenhei-me por essa Lisboa desconhecida, não em toda a sua extensão, mas uma parte por onde nunca tinha andado, fui assim parar ao Largo frente ao Palácio das Necessidades, (um nome a condizer com a situação actual) Sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, entregue neste momento ao Homem dos Submarinos Paulo Portas de sua graça.

O que se seguiu a seguir é que não teve graça nenhuma, depois de fazer uns bons seis quilómetros, parei junto á Praça da Figueira, onde bebi um café acompanhado por um pastel de bacalhau, de seguida fui para me sentar num banco no Rossio para descansar um pouco, e quando levo a mão esquerda á perna para me sentar, noto que há qualquer coisa a mais no lugar onde era suposto só ter a ganga das calças, de facto, olhei para a mão e vejo que aquilo é merda, uma merda verde que só podia ser de gaivota, fui logo direito ao lago que ficava em frente lavar a mão e as calças, mas qual quê, da mão saiu, agora das calças por muita água que deitasse lá ficava aquela mancha esverdeada, lá vim apanhar o comboio tentado com um jornal disfarçar aquela porcaria até a casa, foi uma manhã bem passada não haja duvidas, sou um gajo de sorte, até já me cagam em cima.