domingo, 1 de dezembro de 2013

FORTE DO CATALAZETE

Hoje andei por Santo Amaro de Oeiras, mais concretamente no Passeio Marítimo, o frio continua sem dar tréguas, e junto ao Mar há menos vento, que por aqui no monte onde habito, passei primeiro por Porto Salvo para comprar pão, mas não havia, isto numa padaria, não haver pão é no mínimo estranho, e deixa um gajo desapontado, é certo que nos dias que correm qualquer baiuca vende pão, mas ainda há uma semana fui enganado e na Padaria sempre é mais seguro, mas enfim saí de lá a chuchar no dedo.
 

Desci até Oeiras e lá fui caminhado, ao passar junto do Forte do Catalazete, recordei os idos anos 60 do século passado, mais concretamente aí por 1966/67 quando trabalhei no então Motel Continental, hoje Inatel, e que tinha «carta branca» para entrar no Forte que já então era uma Pousada da Juventude, frequentada na sua grande maioria por Estrangeiros/As, essa liberdade que tinha devia-se aos bons ofícios do Director do Forte de então, a quem eu retribuía com uns cuidados especiais no tratamento do seu Volvo desportivo, as minhas visitas tornaram-se tão frequentes que acabei por arranjar lá uma Namorada.


E aqui é que vem a história que trago aqui, a pequena Praia começava mesmo junto ao muro do Forte, e nas Marés grandes a água chegava a «lamber» a muralha junto á vedação, como eu trabalhava no Motel num local onde passavam As/As jovens  que se dirigiam á Pousada, tornei-me numa espécie de Cicerone, especialmente quando eram do sexo Feminino, apesar de não perceber patavina de línguas Estrangeiras, com um bocado de mímica á mistura lá ia explicado o caminho até ao Forte, um belo dia de Verão, estou eu na tal pequena Praia junto ao muro do Forte acompanhado por umas Holandesas tentando aprender mais alguma coisa de «Línguas Estrangeiras» e eis que me aparece do nada a tal namorada que tinha lá dentro, fazendo um filme de terror, e em voz alta, que deixou toda agente espantada com o espectáculo, e eu inocente  só querendo melhorar os meus conhecimentos linguísticos, acabou ali o namoro!
 
Agora com a  construção da Marina, «roubaram» ao Mar umas centenas de metros como se pode ver nas fotos, depois queixam-se que o Mar é agressivo, que vai onde não deve etc. etc. Não sou contra o progresso, desde que este respeite a natureza, e no caso concreto do Mar, então ainda com mais propriedade pois quando se chateia, ninguém o pára!
 

2 comentários:

  1. Menos mal que a namorada só gritou o que lhe ia na alma... Imagino a cena se viesse com o rolo-da-massa.

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  2. Conheci bem essa zona, pois o meu marido teve a irmã e cunhado a viver aí perto desde 63 até 2010. Logo quando os visitávamos sempre iamos dar uma voltinha por aí.
    Coitadas das holandeses que devem ter levado um susto com o "lavar da alma" da namorada.
    Um abraço e uma boa semana

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