domingo, 16 de dezembro de 2012

CAMINHADA EM PAREDES E ALENQUER






Hoje repeti a caminhada da semana passada, fui a Vila Verde, mas a caminhada foi por Paredes e Alenquer, percorri caminhos e estradas que há cinquenta anos não pisava, especialmente nas Paredes onde exerci a profissão de padeiro, já lá tenho passado mas de carro, hoje enchi-me de brio e foi apeado que andei por lá, visitei a antiga padaria onde trabalhei e habitei, hoje parece-me que em completo abandono, é estranho o patrão Inácio «Bicha» tinha três Filhos machos e nenhum deles seguir a profissão.

Caminhei, passando junto ao Quartel dos Bombeiros com destino á Vila Alta, aqui vi e fotografei a antiga prisão, e recordei as visitas que lá fiz, e os almoços que lá comi na companhia do Amigo Graciano que lá amargava e pagava as favas por ele e por outros, logo a seguir a Igreja que não recordo o nome e que fica em frente da casa onde viveu o ilustre Alenquerense Teófilo Carvalho dos Santos que exerceu o cargo de Presidente da Assembleia da Republica, e me terá livrado de cair nas garras da P.I.D,E em determinada altura da minha Juventude.

Mais uns passos e estou no largo fronteiro ao edifício da Câmara Municipal, local privilegiado de onde se avista grande parte da Vila, depois é a descida pela calçada que me trás até ao rio, passando junto á casa onde pela primeira vez tive um trabalho remunerado, saí da Escola em Junho ou Julho de 1958, e na semana seguinte para aqui vim trabalhar e habitar, vendia leite de porta em porta, com uma bilha do dito ás costas e as medidas penduradas ao pescoço, tinha 11 anos, nesse tempo o trabalho Infantil não era crime, senão ainda ia accionar uma indemnização ao antigo patrão, embora este já esteja a fazer tijolo há muito, pagavam os herdeiros.

Chegado junto ao rio, fui andando em direcção ao Mercado Municipal, com destino ás Paredes, pois tinha deixado o cavalo ali preso, e precisava dele para fazer o resto do percurso até Vila Verde que ainda fica a cerca de vinte quilómetros, ainda parei á saída de Alenquer junto ao antigo Celeiro e moagem onde ia carregar a farinha quando era padeiro numa carroça puxada por dois burros, e daqui segui para a Terra. Aqui chegado foi colocar a casa a arejar que a  chuva tem sido abundante, e na Sexta Feira caiu durante todo o dia, colocar o desumidificador no local em pior estado, dar uma limpeza, na casa, comer uma bucha e regresso a Vila Fria.
 
 

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